quinta-feira, 13 de outubro de 2011

O invisível no escuro


Foto: Nazareth Davila

Navegar, navegar... Veio do mar: Cabral e a caravela... Binot e a L’Espoir... o Bacharel de Cananéia... E era tanta terra; terra tanta; que de tanta; terra, não se sabia dela um tanto. A despeito disto não realizamos o sonho mambembe, e trilhamos o traço transamazônico no desenho cego. Não fomos tão latino-americanos como o moço de Belchior. “– Porque a mata é virgem? - O vento é fresco.” Muito mais fresco é o vento no litoral. Então, nem tanto à terra - Tanto mar... tanto mar...

...Sei que há léguas a nos separar... [...exportar!exportar!...] Se nem tanto à terra, há tanto mar. Todavia, para ir ao mar, antes as estradas precisam existir fora do desenho cego que somente o olhar aquilino consegue antever. Quando haverá a triplicação da estrada? Qual?! Daquele do mar que quebra na praia e é bonito?! Não! Daquelas que levam aos portos; aos portos invisíveis; tão invisíveis quanto à estrada do desenho cego – da pasta aberta de couro. O desenho invisível dos portos está riscado na parede de um quarto escu...ro.

Caminhar de caminhões é mais aprazível que navegar pelos portos piscosos, muito embora haja portos em todo-lugar-nenhum. Por outro lado, daqui-a-além-mar....sei apenas que [...háléguasanosseparar...]... Tanto mar... tanto mar...

Nem tanto à terra, nem tanto ao mar.

[...restaotempocantar...]

- Canta a primavera, Pá!...

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