terça-feira, 25 de outubro de 2011

Confiança do industrial de SC volta a cair em outubro

Florianópolis, 24.10.2011 - Após ter melhorado em setembro, a confiança dos industriais catarinenses na economia voltou a cair em outubro registrando 53,1 pontos, valor abaixo dos 54,9 pontos do mês anterior e da média histórica de 58,2 pontos calculada desde julho de 1999. Segundo os empresários consultados, a situação atual da economia ainda não é boa, já que o índice de condições atuais ficou em 45,8 pontos, ou seja, abaixo da linha divisória dos 50 pontos.

O ICEI varia no intervalo de 0 a 100. Acima de 50 indica confiança e abaixo falta de confiança na economia. O Índice é calculado através da opinião dos empresários sobre as condições atuais da economia e as expectativas para os próximos meses.

Entre os fatores que influenciaram a queda da confiança em outubro estão a crise internacional, a falta de reformas estruturais (tributária e trabalhista), o risco de desindustrialização, o preço dos insumos e a dificuldade de refinanciar a longo prazo as dívidas contraídas no mercado externo.

O otimismo dos empresários do setor da construção civil ficou em 53,7 pontos, valor ligeiramente acima dos 53,2 pontos registrados na indústria de transformação.

Segundo o vice-presidente regional da FIESC, Jorge Luiz Strehl, a expectativa para o setor da construção é boa, puxada pelos investimentos do governo federal e pelo desempenho da economia interna, que refletem positivamente na atividade.

"Os investimentos na área imobiliária ocorrem em função da demanda reprimida por moradias. A construção ficou 20 anos estagnada e há cinco anos começou a aquecer. No entanto, a expectativa é pelos investimentos em infraestrutura, como portos, aeroportos, rodovias e ferrovias. Isso vai demandar serviços da construção, que é uma das grandes pilastras de qualquer país", afirma Strehl.

Em Santa Catarina, o setor emprega 95,5 mil trabalhadores em seus 10 mil estabelecimentos e representa 5,1% do Produto Interno Bruto (PIB) catarinense.

As recentes oscilações do dólar devem refletir na atividade por causa do preço do aço e do concreto, que são fabricados no Brasil, mas sofrem as pressões do mercado internacional.

Ele acredita que a redução do IPI em alguns insumos da construção foi significativo e deu condições para que o consumidor conseguisse reformar ou mesmo construir a casa própria.

Dâmi Cristina Radin
Assessoria de Imprensa do Sistema FIESC
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