sexta-feira, 21 de outubro de 2011

A eficiência do vôo da galinha

Arte: Radar Sebrae/Pr
São dois fatores: (i) fator interno: da fronteira do portão para dentro, a empresa brasileira é eficiente e competitiva; (ii) fator externo: da fronteira do portão da empresa para fora, falta eficiência e falta competitividade. Conclusão: “Exportar – no Brasil – é ir além-fronteiras... do portão da empresa.”

Toda empresa tem o governo que merece? O “índice de eficiência dos governos” responde. Este é o nome. Trata-se de um índice que mensura a eficiência de um governo com relação ao desempenho do setor empresarial. O Google deve explicar melhor como ele – o índice – funciona e o nome da organização internacional que o criou. Estava ainda estremunhado do sono quando cheguei no SENI, e por conta de uma Opa a mais acabei perdendo a referência... mas o Google ...ogoogletáipraisto...

O que deve ser feito, dever ser feito, poxa! Temas suprapartidários são temas suprapartidários. Jogo-de-perde-e-ganha é jogo de salão, mas não do salão do Congresso Nacional. A corrupção endêmica - que talvez a origem remonte à época em que o primeiro funcionário público português foi degredado na pindorama – é um desalento, no entanto ...poxa!...

A eficiência dos governos. A eficiência das empresas. A eficiência do vôo da galinha. A segunda depende da primeira, para que não seja a terceira, a tentativa de posicionar a marca e a mercadoria no mercado internacional. Exportar não é ir além-fronteiras. É ir além dos portões da empresa. Então, investimento em infraestrutura é questão de ordem ou vamos virar o Tibet!

Depende de investimento em infraestrutura para exportar e, também, para competir com os importados. Não se trata de investimento em infraestrutura social: comida, letra, futuro! A conta está em dia, basta ver o tamanho da carga tributária. A infraestrutura é para exportar além dos portões da empresa, ou seja: rodovias, portos, cabotagem, transporte ferroviário, mobilidade urbana, etecetera. O governo tem que pagar a conta. O problema da eficiência do vôo da galinha está – também e bastante - na logística. O custo do frete brasileiro é um dos maiores do mundo. Exportar é ir além das fronteiras do portão da empresa.

Muito bem lembrado – de soslaio – dois tópicos por um dos palestrantes: o primeiro, um erro histórico de estratégia; o outro: uma medalha de honra. Juscelino optou pela indústria automobilística – Washington Luis já havia optado pelas estradas; lembro disto das aulas no liceu... – A medalha de honra é o fato de que a industrialização no Brasil se deu efetivamente a partir de CSN, ou seja, em pouco menos de cem anos – 60 anos – industrializamos o país.

Fala-se de forma temerária em “desindustrialização”. Vista sob dois primas: participação da indústria na geração de empregos; participação da industria no PIB nacional. Os números do gráfico apontam para o menos infinito. Este assunto – desindustrialização – é alvo de controvérsia. Há a tecnologia que contribui para a diminuição de postos de trabalho, como também, há o aquecimento do setor de serviços.

Há uma outra desindustrialização. Aquela que faz norte-americanos adentrarem uma magazine de shopping para comprar a etiqueta chinesa. Lá está acontecendo isto. A indústria nacional resolve não só parar de exportar, voltando-se para o mercado interno, mas parar de produzir e passar a importar; porque é mais barato vender o que vem de fora.

Ventos são ventos e se os chineses vão ou não abrir um sindicato em cada esquina, podemos virar o Tibet enquanto isto.... Sobretudo, se não bastasse o investimento chinês na área portuária “deles”, já pensam em investir em portos...aonde?.. Na pindorama!

Por último: a reforma tributária. Dela não falo nada. Todo mundo sabe o tamanho dos 40%, mas fica sempre a pergunta: se tivéssemos feito uma reforma política vinte anos atrás, quanto seria os 40%?

Nas perorações: parabéns à organização do SENI.

- Fim -

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