sábado, 26 de novembro de 2011

Jinriquixá


Arte: Blog Carlos Orsi, jornal Estadão
Para desafogo da dúvida procurei algo análogo a um 'jinriquixá' no site do Museu Virtual do Transporte. Me deparei com a 'cangalha' e a 'cadeirinha' [que não são análogos]. Ambas utilizadas para o transporte; aquela, de coisas; esta, de pessoas. Veículos que eram alavancados pela força dos escravos no período colonial. Mas análogo ao 'jinriquixá' não havia nada. Somente no período contemporâneo há algo parecido: a carrocinha dos catadores de papel [não consta no site]. § Esses tempos topei com um 'jinriquixá do lixo'. Estava na Três de Maio exercendo o seu direito de tráfego. Sem placa e em meia pista. Separam os séculos e ainda há veículos com tração humana. Coisas da pindorama. § A referência ao termo 'jinriquixá', quase a perdi. Não grifei a palavra no romance "A Boa Terra", de Pearl S. Buck.  Este costume – hoje um toc – de grifar palavras vem de longe, ainda do tempo do ginásio. “– Alguém sabe o significado da palavra...?”. O professor de português perguntava em meio ao texto da apostila. Sucedia o silêncio. Ninguém jamais sabia. Daí o vocábulo ia parar na prova. Era a questão que me garantia o 2 de um 7 – talvez 8 –, pois assinar a prova já valia 1: era indiciário que o sujeito sabia algo de português, escrever o próprio nome. § A despeito disso, 'jinriquixá' acabei não assinalando na página do livro. Um bom romance que agora folheio. Conta a estória de um agricultor que – com um 'jinriquixá' – compra o seu primeiro lote de fazenda e depois não para mais. § O romance trafega entre a miséria e a fortuna, que são condições diametrais... Mas entre a miséria e a beleza não há qualquer sutileza: – Tá, e daí? – Para Pearl S. Bruck acesse: Pearl S. Buck....encontrei:jin-ri-qui-xá!...

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