Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann,
recebeu hoje (18) no Palácio do Planalto, junto com o ministro-chefe da
Secretaria de Portos, Leônidas Cristino, representantes de entidades patronais.
Os empresários pediram que o governo mantenha o “princípio” que rege a Medida
Provisória 595, publicada em dezembro de 2012, que estabelece nova legislação
para os portos.
“Viemos aqui praticamente implorar ao governo para que não
recue, porque essas instituições precisam da concorrência, precisam da
eficiência. Precisamos de mais portos no Brasil”, disse a senadora Kátia Abreu
(PSD), presidenta da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Na semana passada, os ministros receberam representantes de
trabalhadores do setor portuário que pediram ao governo federal discussão sobre
as mudanças introduzidas pela MP 595. Segundo Leônicas Cristino, nesta
quinta-feira (21) os trabalhadores devem ser recebidos para apresentar suas
reivindicações.
Além da CNA, participaram da reunião representantes das
confederações da Indústria (CNI), do Comércio (CNC) e do Transporte (CNT), além
das associações da Indústria Química (Abquim) e da Infraestrutura e Indústrias
de Base (Abdib). Como porta-voz do grupo, a senadora Kátia Abreu falou da
ineficiência do sistema portuário brasileiro, que pode ser enfrentada com a nova
legislação.
Segundo a presidenta da CNA, a privatização dos portos feita há
cerca de duas décadas foi “excepcional” e permitiu multiplicar o volume de carga
transportada, mas ainda deixa o país entre os últimos no ranking mundial.
“Enquanto a média mundial são dois dias para embarcar ou desembarcar, no Brasil
é o triplo disso. Os dez melhores portos do mundo, que estão na Ásia, funcionam
24 horas. Tudo isso deverá ser revertido com essas mudanças da MP”.
Os empresários dizem que o texto da medida provisória deve
sofrer ajustes, mas que a Casa Civil tem se posicionado no sentido de não
alterar a parte que mais lhes interessa. São regras para que portos privados
possam funcionar independente de carga própria. Os empresário acham que, com
maior concorrência e competitividade, haverá aumento da eficiência e redução dos
custos dos fretes.
Edição Beto Coura
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