Florianópolis, 26.7.2012 - O
custo do transporte por cabotagem é em média 15% mais barato que o realizado
pelo modal rodoviário. Esse percentual é aplicado para distâncias acima de 1,5
mil quilômetros. Em percursos maiores, como de Santa Catarina até Manaus, o
custo do frete chega ser até 40% menor do que transportar produtos por
caminhão. Os dados foram apresentados pela especialista em logística, Clara
Rejane Scholles, durante reunião da Câmara de Transporte e Logística da
Federação das Indústrias (FIESC), realizada nesta quinta-feira, dia 26, em
Florianópolis.
Clara destacou que a entrada
em vigor da lei (12.619/2012), que regula a profissão de motorista, deve elevar
os custos do frete do transporte rodoviário em até 30%. A legislação estabelece
intervalo para descanso a cada quatro horas de trabalho, o que poderá reduzir a
produtividade do motorista. Consequentemente, as empresas terão que contratar
mais profissionais. Diante desse cenário, "a cabotagem é uma alternativa
viável e sustentável no longo prazo", disse a especialista, ressaltando
que esse modal é menos suscetível a roubos e polui menos que o rodoviário.
A cabotagem é o transporte
marítimo entre portos brasileiros. Ela representa 14% entre todos os modais de
transporte. Scholles, que atua há 27 anos na área, afirma que é um meio
bastante utilizado e a tendência, no longo prazo, é que esse modal represente
25%. Hoje, quatro operadores de cabotagem fazem escala semanal nos portos de
Santa Catarina.
Apesar de ser mais
competitiva, a cabotagem exige mais planejamento por parte da empresa que
precisa embarcar os produtos. Essa modalidade também precisa ampliar o acesso a
informações sobre a carga e aumentar o tamanho dos navios para ganhar mais
escala.
Profissionais da área
presentes na reunião, comandada pelo presidente da Câmara, Mario Cezar de
Aguiar, destacaram que o aumento do transporte por cabotagem reduziria o uso de
caminhões para longas distâncias, mas aumentaria o uso desses veículos para
transportar os produtos para curtas distâncias - da empresa até o porto e do
porto até o destino da carga.
Dâmi Cristina Radin
Assessoria de Imprensa do
Sistema FIESC
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